Pessoas que me irritam

Admito: não sou uma pessoa de pessoas. Ou melhor dizendo, sou do tipo introvertido, que tem dificuldade em meter conversa e que muitas vezes prefere ficar em casa com um bom livro do que ir para a rua conviver, o que não deve ser confundido com timidez, que dessa não sofro. A verdade é que gosto mais de ouvir do que de falar e, ao contrário de muita gente, quando não tenho nada para dizer, prefiro ficar calada (o mesmo se aplica à escrita, daí que fique tanto tempo sem escrever aqui). O problema é que, à medida que o tempo passa, a minha tolerância para com as pessoas (que já não era muita para começar) tem vindo a diminuir. E proporcionalmente, o número de pessoas que me irritam e me fazem abençoar o Covid pelo tempo que fiquei em casa tem vindo a aumentar.

Como exercício, decidi identificar algumas delas, na certeza de que chegaria a uma dúzia de tipos. Afinal, estou cada vez mais dedicada ao Yoga e ao Mindfullness, no caminho certo para me tornar mais serena e aprender a aceitar o que não posso mudar. Porém, quando dei por mim, era esta a lista:

  • pessoas que não dizem bom dia
  • pessoas que não só não dizem, como não respondem ao bom dia
  • pessoas que não usam os piscas
  • pessoas que nos vêem mas demoram imenso tempo a tirar o carro do sítio onde queremos estacionar
  • pessoas que não têm pressa e empatam o trânsito
  • pessoas que não se colocam no eixo da via quando vão virar
  • pessoas que não sabem fazer rotundas
  • pessoas no trânsito em geral
  • pessoas que não fazem reciclagem
  • pessoas que tentam convencer os outros de que é inútil fazer reciclagem
  • pessoas que atiram lixo para o chão
  • pessoas que só dão um beijinho
  • pessoas que se acham superiores aos outros
  • pessoas que tratam mal os empregados, seja numa loja, seja num café, seja onde for
  • pessoas que não lêem
  • pessoas que acreditam em tudo o que vêem nas redes sociais e ainda partilham
  • pessoas que não cedem o lugar nos transportes e nas filas
  • pessoas do sexo feminino que não cedem o lugar a uma grávida dizendo “também já estive grávida e nunca precisei de passar à frente de ninguém”
  • pessoas que dão encontrões e não pedem desculpa
  • pessoas que tentam entrar no metro quando os outros ainda estão a sair
  • pessoas que não se encostam à direita nas escadas rolantes
  • pessoas que conversam nos concertos como se estivessem no bar
  • pessoas que conversam no cinema como se estivessem no sofá
  • pessoas que batem palmas quando o avião aterra
  • pessoas que tentam passar à frente como se ninguém reparasse
  • pessoas que falam alto
  • pessoas que falam de mais
  • pessoas que falam com os idosos como se eles fossem atrasados mentais
  • pessoas que mexem no telefone enquanto alguém está a falar com elas
  • pessoas que se sentam mesmo ao nosso lado quando há milhões de lugares mais afastados
  • pessoas que ouvem música alto sem auscultadores
  • pessoas que vão pagar as contas todas no multibanco quando eu só queria levantar 10 euros
  • pessoas que dizem que já sabem tudo sobre o que vamos dizer.
  • pessoas que discutem só para se ouvir.

(lista sujeita a actualização, porque como já tive a oportunidade de referir antes, a estupidez humana é como o universo: infinita e em expansão.)

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