Dizem que Janeiro é o mês mais longo do ano, que demora demasiado tempo a passar, com os seus dias escuros, frios e introspectivos. Pois eu, confesso que nem dei por ele. Aliás, ia jurar que ainda ontem tinha andado por aqui a escrevinhar, quando a verdade é que não publico nada desde o Natal.
Porém, ainda que não tenha escrito nada aqui, vos garanto que passei horas a brincar com as palavras. O livro que terminei em Outubro regressou em Janeiro das mãos da minha editora, com as suas correcções e sugestões, o que me obrigou a voltar a mergulhar naquele mundo que estou desejosa de vos dar a conhecer. Escrevi mais três capítulos, voltei ao final que tinha pensado inicialmente e, agora, aguardo de novo, que isto de fazer um livro é literalmente como fazer um filho: uma gestação de muitos e longos meses. A minha intenção é que seja publicado em meados de Maio ou Junho, uma vez que o primeiro rascunho foi escrito em 2021 e estou em pulgas para que vos chegue às mãos. Mas a decisão não é minha, pelo que, mais uma vez, aguardemos.
Também estive a preparar coisas incríveis para o Clube das Mulheres Escritoras, que serão reveladas em Março, mês da mulher, pois então; e a escrever um conto para uma antologia que deverá sair na Primavera.
No meio de tudo isto, e porque recarregar baterias é essencial, fiz uma viagem a dois até à Costa Rica, destino há muito desejado. Posso adiantar que é um país incrível, de gente boa e paisagens deslumbrantes, onde aprendi a surfar, seguindo os ensinamentos da minha personagem Helena: se eu morrer amanhã, já sei a que sabe deslizar numa onda, rodeada de pelicanos e verde. Quem disse que não se pode começar um novo desporto aos quarenta e quatro?
Despeço-me com a promessa de vos escrever mais assiduamente.
Não desistam já de me visitar.

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