Gosto de fazer balanços no fim de cada ano. É algo que faço desde miúda, quando escrevia apenas nos meus diários, e que me serve de exercício de gratidão. Numa época em que tudo é de consumo rápido, e em que o mundo parece desmoronar, é importante parar para reflectir sobre as coisas boas. as pequenas vitórias, os momentos que queremos tatuar na memória. 2025 trouxe-me muitos!

Em Março celebrámos o segundo aniversário do Clube das Mulheres Escritoras, um colectivo de que me orgulho muito, e que assinalou a data com uma conferência maravilhosa na Fundação Saramago intitulada «A palavra escrita, a mulher e a paz». Com conferencistas como Pilar del Rio, Claudia Lucas Chéu ou Gisela Casimiro, foi uma tarde simplesmente inesquecível. Para quem tiver curiosidade, os vídeos das várias sessões estão no Youtube.

Foi também em Março que saiu uma edição especial de «E Se Eu Morrer Amanhã?» no Brasil, pelo clube do livro TAG, que selecionou a obra para ser o inédito desse mês. Com uma capa, absolutamente icónica, desenhada pela Luisa Zardo, o livro esgotou em poucas semanas e foi um dos 5 mais vendidos na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.

Em Junho lancei o meu primeiro livro infantil, «Napoleão, o Camaleão», pela mão da Porto Editora. Tenho várias histórias para crianças guardadas na gaveta e foi uma alegria ver a primeira delas a ganhar vida. A ilustração é da Marta Calado, que tão bem captou a personalidade do Napoleão. Tem sido muito gratificante ouvir das mães que esta história se tornou uma favorita dos filhos e que até já sabem o texto de cor. E por aí, quem já leu?

Durante o ano estive ainda em vários eventos literários, que são momentos muito especiais para mim, onde posso conhecer quem me lê e responder às suas questões. Destaco a passagem por Mondim de Basto, pelo festival Livros a Oeste, pelo Festival Literário de Faro, pelo Fólio e por várias bibliotecas municipais e escolares, de Lagoa ao Cadaval, de Beja ao Sardoal. Obrigada a todos os que estiveram presentes em algum destes eventos.

Em 2025 fiz também muitas leituras, mais precisamente 46 livros lidos, na sua maioria de autores lusófonos (podem saber mais neste vídeo), e terminei o meu sétimo romance, que acabou de ser enviado para a paginação. O que me leva directamente para 2026.

Sim, no novo ano teremos duplo lançamento de livros!

Já em Janeiro, sai no Brasil a versão comercial de «E Se Eu Morrer Amanhã?», agora para todas as livrarias, e não apenas para o clube TAG. Farei uma pequena apresentação no dia 26 no Rio de Janeiro, em local a anunciar (fiquem atentos), e durante 2026 regressarei ao Brasil para um pequeno tour por várias cidades. A edição é da Dublinense, uma editora incrível, que tem estado a apostar em autores portugueses contemporâneos, nomeadamente, Gonçalo M. Tavares, José Luís Peixoto, Afonso Cruz, Joana Bértholo, Catarina Gomes e Ana Margarida de Carvalho. A capa está maravilhosa e também foi desenhada pela Luísa Zardo. Já se encontra em pré-venda, por isso, leitores do Brasil, podem encomendar agora e receber a partir de 20 de Janeiro.

O novo romance sairá em Portugal em Março, pela Penguin. É uma história surpreendente sobre uma mulher que foi amante durante vários anos, inspirada numa história real. Ainda não posso revelar a capa, mas deixo-vos com o  título: «A Mulher por Detrás da Parede». Curiosos?

Ou seja, vai haver muita Filipa a passear por essas livrarias fora, dos dois lados do Atlântico, por isso, fiquem atentos, pois em breve revelarei datas e lugares onde me poderão encontrar. 

Até lá, despeço-me com um beijinho e desejos de que o vosso 2026 seja igualmente maravilhoso, com muita saúde, alegria e, claro, livros.

Filipa